sexta-feira, 9 de julho de 2010

Metade dos portugueses não usa a Net

Por falta de interesse ou por ignorância 55,4 por cento dos portugueses não usam a Internet.


Mais de metade dos portugueses (55,4 por cento) não usam a Internet, a maioria dos quais por falta de interesse ou porque não a sabem utilizar, segundo um inquérito que é divulgado hoje.

De acordo com um estudo sobre o impacto da Internet na sociedade portuguesa, realizado pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES), apenas 44,6 por cento dos portugueses utilizam esta ferramenta, apesar de se registar uma subida relativamente aos dados de 2008: 38,9 por cento.

Entre os que não utilizam a Internet, 47,5 por cento têm 55 ou mais anos, enquanto a maior fatia dos que a usam, 61,9 por cento, situa-se naturalmente entre os 15 e os 34 anos.

20% não tem computador


Participaram neste inquérito 1.255 pessoas. As 696 que afirmaram não utilizar justificaram a resposta com o facto de não se interessarem pela Internet ou a considerarem pouco útil, 44,4 por cento, ou pelo simples facto de não saberem utilizar a ferramenta (26,3 por cento).

Mais de 20 por cento afirmam não ter um computador ou consideram o acesso à Internet demasiado caro. 

Do grupo de pessoas que não utilizam a Internet, mais de 50 por cento acham que nunca vão começar a fazê-lo. 

As diferenças entre homens e mulheres são hoje mais reduzidas, conclui ainda o estudo.

Net à frente da rádio


Em relação ao acesso à informação, 77 por cento dos inquiridos consideram a televisão "importante" ou "muito importante", seguida dos jornais (55,6 por cento). A Internet surge apenas em terceiro lugar, com 52,3 por cento, à frente da rádio, com 50,6 por cento. 

Em relação ao entretenimento, a televisão é novamente a primeira opção, enquanto a Internet é a última, com 23,9 por cento dos inquiridos a considerarem "nada importante". 

Dos que utilizam a Internet, 56,5 por cento fazem-no diariamente para consultar o email, 46,9 para usar sistemas de mensagens instantâneas. Nos últimos lugares surge a realização de chamadas, apontada por apenas sete por cento. 

Quanto a redes sociais, 25 por cento dos inquiridos (315 pessoas) afirmaram estar registados em pelo menos uma, sendo que 75,6 por cento apontaram o Hi5 e 70,2 por cento o Facebook. 

O estudo de opinião é apresentado, hoje, na 11.ª Conferência Anual do World Internet Project , no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa.