quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Como escolher um fotógrafo de casamentos?

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Como escolher um fotógrafo de casamentos?

A célebre frase da Kodak “para mais tarde recordar” não foi inventada por acaso.

A selecção do fotógrafo do seu casamentos é fundamental, pois serão as fotografias e o vídeo que lhe relembrarão este dia mágico. Por isso, dedique algum tempo na escolha do fotógrafo de casamentos e estude bem o que deseja para o seu casamento. O tipo de fotos e ainda se quer algo mais descontraído e casual, estilo foto-reportagem ou se gosta do tradicional com as famosas poses ao estilo modelo por um dia. O ideal será contratar um fotógrafo de casamentos que trabalhe bem com os dois estilos. Já agora casamentos com mais de 250 pessoas devem ter dois fotógrafos de casamentos.

Para contratar um fotógrafo de casamentos deve vasculhar bem a net, falar com amigos, com a florista, com os responsáveis do copo de água e depois terá de fazer uma entrevista para se certificar de que este preenche os requisitos. Não caia na armadilha de contratar um fotógrafo de casamentos apenas pelo telefone, além de ser fundamental ver o seu trabalho é igualmente importante haver uma química entre o fotógrafo do seu casamentos e noivos.
Isto porque não se esqueça que terá durante um dia inteiro uma máquina a disparar imagens do seu rosto, da sua indumentária, das suas expressões e, se não simpatizar com o fotógrafo que escolheu corre o risco de ficar com um ar menos natural. E estas fotos não dão para repetir! Por isso, após fazer a pesquisa e ter encontrado o fotógrafo de casamentos que lhe agrade marque um encontro e analise o seu trabalho, o seu portefólio. Observe se as fotos estão nítidas, bem enquadradas e variadas, se a luz é natural.

Uma dica: certifique-se de que será mesmo ele a ir fotografar e não um outro fotógrafo de casamentos. O portefólio de um fotógrafo de casamentos é único e pode correr o risco de ver fotografias muito giras, mas não do fotógrafo de casamentos que irá ao seu casamento. Neste sector é costume este tipo de situação.Fotógrafos de Casamentos, fotógrafo, fotógrafo
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Faça-lhe uma pequena entrevista… Fotógrafos Casamentos
Algumas questões pertinentes!
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Qual o seu estilo de fotografia? Mais jornalística ou mais artística?
Entrega fotografias a preto e branco, ou apenas a cores?
Quantas fotos estão incluídas nos diferentes pack's?
Faz álbuns digitais?
O preço já inclui álbum digital?
Faz Fotos Lembrança, para entrega durante o evento?
Que máquina fotográfica utiliza?
Leva equipamento suplente?
A que horas chegará e até que horas ficará a fotografar?
Quais as condições de pagamento?
As fotografias tiradas no casamento são utilizadas para outro fim?
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Contrate um fotógrafo de casamentos com o máximo de antecedência não deixe para última hora. Os fotógrafos de casamentos mais reputados cedo esgotam as datas que têm disponíveis.
Escute atentamente.
Explique detalhadamente como será o seu casamento e as cores que escolheu.
Indique quem quer que apareça no seu álbum.
Caso opte pela foto-reportagem há imagens que não podem falhar e que terão de ser mesmo de pose rápida. Exemplos:
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o noivo com os pais
a noiva com os pais
o casal com a família
o casal com a família do noivo
a noiva com os padrinhos ,
o noivo com os padrinhos
Faça um making off – momentos antes do casamento, como por exemplo no cabeleireiro, a ser maquilhada, a vestir o vestido, entre outros detalhes.
Analise bem o orçamento não se esqueça que a fotografia de casamentos pode representar 15% do custo total do evento.
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Faça uma lista de vários fotógrafos de casamentos e fale antes por telefone. Uma boa triagem é meio caminho para o sucesso.
Encontre-se sempre pessoalmente e faça uma boa entrevista.
Um pormenor: um álbum não deve ter menos de 50 páginas o equivalente a 100 imagens.
Fale com o fotógrafo de casamentos sobre a probabilidade de chover e o que poderá fazer para que as fotos de interior sejam igualmente bonitas. Casamentos são momentos únicos. Um fotógrafo de casamentos sabe que os momentos são únicos e não se repetem.
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Deslocamo-nos a qualquer ponto de Portugal.
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Esperamos estar consigo nesse dia especial.
Os seus momentos merecem o melhor...
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A respeito do Fotógrafo:
João Cristina é um fotógrafo várias vezes premiado. O seu trabalho é reconhecido pela sua qualidade e originalidade. A reportagem social, o casamento, a moda são algumas das áreas que gosta de explorar. O seu estilo único cria imagens que nos surpreendem pelo seu brilho e, muitas vezes, pela sua ousadia.



Este texto foi aqui colocado pelo Fotógrafo João Cristina, nos termos de um projecto de pesquisa efectuada para o desenvolvimento do seu Site de Fotografia, http://www.cortefocal.com

Fotografia

A palavra Fotografia vem do grego φως [fós] ("luz"), e γραφις [grafis] ("estilo", "pincel") ou γραφη grafê, e significa "desenhar com luz e contraste"..[1]
Por definição,[2] fotografia é, essencialmente, a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando esta em uma superfície sensível.[3] A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce. Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando juntas ou em paralelo ao longo de muitos anos. Se por um lado os princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças, por outro, os avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na qualidade das imagens produzidas, agilização das etapas do processo de produção e a redução de custos, popularizando o uso da fotografia.
Atualmente, a introdução da tecnologia digital tem modificado drasticamente os paradigmas que norteiam o mundo da fotografia. Os equipamentos, ao mesmo tempo que são oferecidos a preços cada vez menores, disponibilizam ao usuário médio recursos cada vez mais sofisticados, assim como maior qualidade de imagem e facilidade de uso. A simplificação dos processos de captação, armazenagem, impressão e reprodução de imagens proporcionados intrinsecamente pelo ambiente digital, aliada à facilidade de integração com os recursos da informática, como organização em álbuns, incorporação de imagens em documentos e distribuição via Internet, têm ampliado e democratizado o uso da imagem fotográfica nas mais diversas aplicações. A incorporação da câmera fotográfica aos aparelhos de telefonia móvel têm definitivamente levado a fotografia ao cotidiano particular do indivíduo.
Dessa forma, a fotografia, à medida que se torna uma experiência cada vez mais pessoal, deverá ampliar, através dos diversos perfis de fotógrafos amadores ou profissionais, o já amplo espectro de significado da experiência de se conservar um momento em uma imagem.

Este texto foi aqui colocado pelo Fotógrafo João Cristina, nos termos de um projecto de pesquisa efectuada para o desenvolvimento do seu Site de Fotografia, http://www.cortefocal.com


A respeito do Fotógrafo:
João Cristina é um fotógrafo várias vezes premiado. O seu trabalho é reconhecido pela sua qualidade e originalidade. A reportagem social, o casamento, a moda são algumas das áreas que gosta de explorar. O seu estilo único cria imagens que nos surpreendem pelo seu brilho e, muitas vezes, pela sua ousadia.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cenas Cruzadas

Fotografia digital

Junho 2009 - Glossário - FOTOGRAFIA DIGITAL de A a Z (Olympus)
Em meados da década de 90 (do séc. XX), surgiu um novo formato fotográfico, conhecido por fotografia digital. É uma tecnologia ainda com grandes capacidades de evolução, mas já muito aplicada.
         A máquina fotográfica digital elimina os negativos, pois regista a imagem (em formato numérico digital) num disco interno e transfere os dados directamente para o computador, onde poderá ser posteriormente tratada (as imagens também se podem visualizar directamente numa televisão).
Além da vantagem de registar a imagem directamente, sem necessidade de proceder ao seu processamento laboratorial e às consequentes perdas de tempo, este processo é mais ecológico pois elimina os sais de prata comuns à fotografia tradicional, cujo processamento químico é poluente e começam a escassear, o que tem elevado os preços do papel e dos filmes.
         As desvantagens apontadas e este novo sistema, no seu início, eram o seu alto custo (ainda é), pois algumas câmaras digitais profissionais de médio-formato mais sofisticadas podem ter preços acima dos cinco mil contos/25000 euros (actualmente as  câmaras digitais mais acessíveis, embora bastante básicas, custam cerca de 50 contos/250 E); a duração do tempo de registo que era de cerca de 64 imagens por minuto nas câmaras mais baratas, enquanto numa máquina tradicional sofisticada se podem fazer 4 ou 5 disparos por segundo (actualmente - 2004/2006 - já existem câmaras digitais de disparo contínuo); a abertura máxima das câmaras, que é de cerca de f 2; a  capacidade de armazenagem das fotografias, que é variável, mas nos modelos mais económicos era de 28 imagens no formato dito de alta resolução (2240x1500 pixels) e de cerca de 220 imagens em formato normal (320x240 pixels).
Entre as desvantagens estão também a pouca autonomia das câmaras, pois consomem muita energia; a  impressão em papel, que não é ainda a ideal, nem é possível imprimir em grandes formatos com tanta definição como a fotografia tradicional e por fim a pouca resolução das imagens (jpg) nas câmaras mais baratas, que é a suficiente para trabalhos vulgares como relatórios pessoais, apresentações multimédia, etc., mas com pouca resolução para boas impressões gráficas ou trabalhos que precisem de grande qualidade fotográfica, que necessitam de resolução TIFF ou RAW.
         Com grande difusão actualmente, estão também as câmaras digitais (numéricas) mistas que tanto podem registar imagens vídeo (embora com tempo limitado) como imagens foto-numéricas. Estas câmaras permitem editar as imagens imediatamente quer em computadores quer em televisão. Permitem também (como os últimos modelos de câmaras fotográficas digitais) impressão  sem passar por um computador, através de ligação directa a uma impressora.
         Mas, na sociedade actual em que a evolução tecnológica é extremamente rápida, todos estes "problemas" iniciais serão resolvidos e este sistema será normalizado rapidamente, sendo já extremamente útil especialmente para fotógrafos que trabalhem em jornais diários, ou em agências noticiosas, pois o resultado é imediato. Basta "tirar" a fotografia, ligar a máquina a um computador (que pode ser portátil), e envia-la via "modem" nalguns segundos para qualquer local do mundo. Ou então, realizar reenquadramentos, retoques, modificar ou alterar partes ou o todo,  ilustrar um texto ou imprimi-la directamente. E ainda fotografar (?) com telemóvel e enviar a imagem por SMS ou mail, ou guardar a mesma no computador.
         Isto não significa o fim dos formatos "tradicionais", que irão de certeza conviver muito tempo com os novos formatos. A própria fotografia a preto e branco, descendente directa dos primórdios da fotografia sobrevirá com os seus sais de prata e câmaras escuras e todo o fascínio do seu processo.
- A partir de meados de 1999 foram comercializadas novas câmaras generalistas com 1280x1024 (1,5 milhões de pixels) 1600x1200, 1712x1368 e 2240x1500 pixels e capazes de fotografar à velocidade de 3 ou mais imagens/segundo.
Em 2005 o padrão médio das reflex digitais era de 3456 x 2304 / 8.0 milhões de pixels. Nas médias compactas 3072x2304 e 7.1 Mp.
Em 2005 as câmaras digitais médias compactas (Nikon Coolpix 7900, Canon PowerShot G6, Olympus C-7070 W Zoom, etc.) tinham como resolução standard um sensor CCD em média de 7,1 milhões de pixels e 3070x2304 pixels de resolução máxima e um preço à volta dos 500 Euros.
Em 2006 o sensor subiu para os 10 Megapixel em média. Mas atenção que o mais importante numa câmara digital, muitas vezes não é a capacidade em pixeis do seu sensor, mas também a sua capacidade de compressão e a qualidade das objectivas.



Este texto foi aqui colocado pelo Fotógrafo João Cristina, nos termos de um projecto de pesquisa efectuada para o desenvolvimento do seu Site de Fotografia, http://www.cortefocal.com

Formato APS

Designa-se por Formato APS ("Advanced Photo System") uma nova geração de filmes, máquinas e acessórios, lançada em 1996 pelos principais fabricantes de material fotográfico generalista - Kodak, Nikon, Canon, Minolta, Fuji, Agfa, Olympus e Konica.
     O Formato APS combina a química tradicional da fotografia a cores com a tecnologia digital.
Características principais:
- A película de 24 mm tem menores dimensões que a de 35 mm, o que permite o fabrico de câmaras cerca de 20% mais pequenas e mais leves que as de 35 mm.
- As emulsões são mais finas, permitindo ampliações com grande definição e restituição máxima das cores.
- A película está encerrada numa cassete hermética, evitando assim que o utilizador tenha que a manipular, eliminando eventuais danos como riscos, dedadas, exposição à luz, etc.
- Desaparecem as "dificuldades" de inserção do rolo dentro da câmara, bastando colocar uma cassete dentro dela, fechar a tampa e o filme posiciona-se automaticamente, sem riscos de má colocação.
- Todas as cassetes têm um número individual de identificação impresso numa banda magnética, que figura também no verso das fotografias impressas, juntamente com o número de cada fotografia e outras informações, facilitando a pesquisa e evitando erros em caso de reproduções.
- Os negativos nunca se podem ver e são devolvidos na mesma cassete do filme virgem. O utilizador recebe um índice de impressões, que é uma prova por contacto de tamanho reduzido (10x15 cm) onde estão impressas e numeradas todas as provas, de forma a facilitar a sua escolha para impressão, sem tocar na película. Desta forma os negativos não são susceptíveis de se estragarem, perderem ou até de se baralharem. Este sistema também é melhor para classificar e arquivar as fotos.
- A existência de uma banda magnética no filme permite a "comunicação" entre este, a câmara e o laboratório fotográfico. Cada fotograma tem capacidade para gravar 400 Bytes de informação que pode ser lida pelos novos equipamentos de processamento de películas. Podem gravar-se informações como o tempo de exposição, abertura de diafragma, as condições de iluminação em que foram feitos os registos fotográficos, entre outros dados possíveis. Estas informações também permitem aos laboratórios optimizar a qualidade de impressão.
- As cassetes podem ser retiradas da câmara a meio ou em qualquer fase de utilização. Novamente dentro da câmara, a banda magnética "lê" o filme e recoloca-o onde ainda não estava exposto.
- Para já, a gama de filmes negativo/cor disponível permite a escolha entre quatro sensibilidades (100, 200, 400 e 800 ISO), com 15, 25 e 40 exposições, mas prevê-se que futuramente os filmes tenham uma maior capacidade de armazenamento de imagens e uma maior gama de sensibilidade. Já existem também filmes a preto e branco e  diapositivos APS.
- Existem três formatos de impressão: C - clássico de 10x15 cm. H ou HDTV - "Hi-view" proporcional ao formato dos écrans de televisão 16:9, com 10x18 cm. P - panorâmico com 10x25 cm.
- Capacidades multimédia - A existência de periféricos informáticos e leitores de vídeo próprios, permitem visionar facilmente as imagens APS num computador e numa televisão. Também existem scanners próprios para formato APS (basta introduzir a cassete com o filme) o que permite às melhores lojas de revelação entregar aos clientes as fotos digitalizadas com dois tipos de definição em CDR, além da normal impressão em papel.
- As câmaras fotográficas APS existem já numa vasta gama de preços e qualidade/possibilidades, desde a mais simples câmara compacta de foco fixo, passando pelas de distância focal variável (zoom), até às "reflex"  de objectivas intermutáveis.
2000
15-7-05 - Tecnicamente o formato APS morreu, devido à vulgarização da fotografia digital.
  António Carvalhal, 2005

Este texto foi aqui colocado pelo Fotógrafo João Cristina, nos termos de um projecto de pesquisa efectuada para o desenvolvimento do seu Site de Fotografia, http://www.cortefocal.com

Tratamento de imagem através de computador

As novas tecnologias e mais concretamente a informática, ultrapassaram o âmbito inicial, estritamente científico e técnico, entrando nos mais variados campos da sociedade moderna.
         Concretamente no campo do "tratamento" da fotografia por computador (fotografia digital) a evolução é espantosa.
         Designam-se imagens numéricas ou informáticas as produzidas por qualquer tipo de cálculo realizado num computador. Portanto, as chamadas imagens digitais não entram nesta classificação, visto serem representações de dados ou magnitudes físicas, através de caracteres ou cifras (dígitos), o que significa que uma fotografia tem a possibilidade de ser ou não digital, mas em qualquer dos casos será uma imagem óptica.
         Por razões técnicas, os circuitos electrónicos dos computadores, só são capazes, na sua maioria de reconhecer sinais eléctricos do tipo digital. Os métodos de codificação interna são de origem binária. O sistema binário baseia-se na representação de quantidades utilizando os dígitos 1 e 0. Só pode representar-se a presença de tensão num qualquer ponto do circuito pelo número 1 e com um 0 a ausência de tensão, ou seja, há informação no ponto 1 (negro) e não há informação no ponto 0 (branco). Cada dígito de um número representado neste sistema denomina-se BIT (contracção de "binary digit"). O BIT representa a unidade mínima de informação. Utilizam-se nomes diferentes para designar os múltiplos do BIT: - oito BITs designam-se 1 BYTE. Ao conjunto de 1024 BYTEs chama-se KILOBYTE ou mais simplesmente K. Ao conjunto de 1024 KILOBYTEs chama-se MEGABYTE (MB). O GIGABYTE é o conjunto de 1024 MEGABYTEs.
         A diferença das imagens analógicas, como as da fotografia e vídeo, para as imagens digitais é bem definida por Guy Nouri: "entre analógico e digital existe a mesma diferença que entre os movimentos de uma fita de plástico agitada pelo vento e as infinitas possibilidades que oferece a mesma superfície de grãos de areia, onde cada grão de areia é independente e a variedade da imagem é ilimitada".
         Um sinal analógico é uma magnitude física contínua e proporcional ou análoga à do fenómeno a representar.
No caso da fotografia, a mais luz corresponde uma maior exposição e um maior escurecimento dos sais de prata. O sinal digital é descontínuo e quando um sinal analógico é convertido em digital, cada ponto da curva que representa a onda analógica é convertido num caracter binário.
         O processo de transformar um sinal analógico em digital, chama-se digitalização. A digitalização é feita através de um aparelho próprio para o efeito, chamado "scanner", que transfere as imagens em papel ou transparentes (diapositivos, acetatos) para o disco do computador. O "scanner" é um instrumento fundamental para trabalhar imagens em computador e está cada vez mais vulgarizado, com preços mais acessíveis e com mais qualidade técnica.
        Este processo permite, uma vez digitalizada uma imagem, operar sobre cada um dos caracteres que a formam e realizar todas as operações e tratamentos digitais de forma a alterar, melhorar ou compor a imagem inicial ( é possível fazer directamente, apenas com uma operação de teclado ou rato de computador solarizações e outros efeitos fotográficos, negativar imagens positivas, aplicar redes e tramas, alterações de cor, tonalidades e contrastes, aplicar um número infindável de filtros que produzem os mais variados efeitos desde distorções a inúmeros efeitos artísticos, etc.).

  •  As imagens informáticas podem dividir-se nos seguintes campos:




  • - Imagens tratadas - aquelas em que o computador modifica a informação ou o conjunto de dados que constituem uma imagem prévia.
    - Imagens sintéticas - São imagens ou objectos, que se apresentam com realismo fotográfico em termos de luz, textura e cor, mas que na realidade não existem. Todos os elementos que as constituem são integralmente construídos e calculados por um computador a partir de elementos teóricos. Como exemplo, temos as imagens de filmes como o "Exterminador" II e III, "Jurassic Park", etc..
    - Imagens matemáticas - São um caso à parte das descritas anteriormente. Existe uma grande variedade entre elas. As mais conhecidas e divulgadas são as chamadas "imagens fractais" ou simplesmente fractais.
    - Imagens virtuais - Como o seu nome indica, não existem fisicamente, embora recentemente se ouça falar frequentemente delas associadas às recentes tecnologias de realidade virtual. São aquelas em que o olho humano é "enganado", recebendo a sensação de imagens reais e tridimensionais. O procedimento para gerar este tipo de imagens é muito complexo, pois tratam-se de sofisticadas técnicas de imagem estereoscópica, em que cada olho recebe e descodifica imagens idênticas mas ligeiramente desfasadas entre si.
             Destas formas de imagens informáticas brevemente descritas, as que nos interessam, pela sua relação mais directa com a fotografia são as imagens tratadas. As imagens tratadas, impressas ou gravadas, são aquelas em que os dados se podem imprimir sobre um suporte, papel ou transparência.
             Qualquer computador recente está apto para trabalhar imagens, desde que o "hardware" (parte material do computador composta pelos elementos físicos do sistema, como circuitos, periféricos, etc., que permitem o tratamento de dados) seja adequado e tenha memória RAM e memória ROM suficientes.
             A memória RAM (de "Random Acess Memory") é a memória de trabalho e principal de um computador. É a parte da memória disponível para aplicações e documentos, cuja leitura é efectuada a partir de um disco. O conteúdo da RAM desaparece quando se desliga o computador (é uma memória apenas activa durante o trabalho).
             A memória ROM ("Read Only Memory") constitui a parte principal que não perde o seu conteúdo quando se desliga o sistema e onde constam os programas essenciais, os documentos criados e o suporte lógico do sistema. É na prática o espaço físico de armazenagem de um computador. Mede-se em Megabytes ou Gigabytes.
             A memória RAM ideal para o processamento de imagens, é, no mínimo 256 MB (variável conforme os sistemas e o software), mas o ideal será ter pelo menos 1 GB de RAM. Quanto à memória ROM, quanto mais espaço de armazenamento estiver disponível, melhor, pois as imagens em disco ocupam normalmente muito "espaço". Este espaço físico ocupado é variável conforme a qualidade de digitalização da imagem (em pixels). De qualquer modo, actualmente, para tratamento e armazenamento de imagens convém trabalhar com um computador com disco (interno e/ou externo) com um mínimo de 20 Gigabyte de ROM, sendo o padrão médio dos discos actuais, de 80 a 120 Gigabytes. Para trabalhos profissionais recomenda-se um mínimo de 160GB de ROM.
            Em termos de "Software" (entendendo "Software" como a parte imaterial de um computador, composta pelos programas, procedimentos e regras relativos ao tratamento da informação), o programa comummente mais divulgado em computadores pessoais e com mais potencialidades para tratamento de imagem é o Photoshop da Adobe Systems, actualmente na versão 9. Este programa, que normalmente vem associado à digitalização de imagem, pois é software fornecido em conjunto com muitos dos scanners de mesa - domésticos (embora na sua versão "light" LE), permite trabalhar as imagens, quer a preto e branco quer a cores (em canais separados de cor), e obter resultados semelhantes e até superiores aos que se obtinham por processos estritamente fotográficos, mas além disso permite explorar e desenvolver outras formas de trabalho inimagináveis para quem nunca o experimentou, através dos filtros, layers, canais, etc. (e também através de um bom domínio da mão e de critérios estéticos).
             Ainda na área exclusiva de tratamento de imagem, existem outros programas como o Livepicture da Metatools, o Quark-X-Posure da Quark, Adobe PhotoDeluxe, Colorstudio da Letraset, PhotoStyler, etc.. OPainter da Fractal Design, o Dabbler da Letraset, o Morph para transformação e metamorfose de imagens  são também bons programas para tratamento de imagem, pelas possibilidades que oferecem, embora sejam basicamente programas de desenho.
             Em termos de software de ilustração os três programas mais usados são o Freehand da Macromedia, o Illustrator da Adobe o Adobe In-design.
             Existem ainda programas vocacionados para apresentações multimédia como o Aldus PersuationClaris ImpactMicrosoft Powerpoint, Adobe Premiére, Macromedia Director, entre outros.
        António Carvalhal, 2005 ©

    Este texto foi aqui colocado pelo Fotógrafo João Cristina, nos termos de um projecto de pesquisa efectuada para o desenvolvimento do seu Site de Fotografia, http://www.cortefocal.com 

    A Fotografia Na Sociedade Contemporânea

    "Uma imagem vale mil palavras" - provérbio chinês.
     ..." na foto, qualquer coisa se colocou  diante do pequeno orifício e lá ficou para sempre (É essa a minha convicção); mas no cinema qualquer coisa se passou  diante desse mesmo orifício: a pose é arrastada e negada pela sucessão contínua das imagens..."
     ..." As sociedades antigas encontraram um meio de fazer com que a memória, substituto da vida, fosse eterna e que, pelo menos, a coisa que falava da Morte fosse ela própria imortal: era o monumento. Mas, fazendo da Fotografia, mortal, o testemunho geral e como que natural "daquilo que foi", a sociedade moderna renunciou ao monumento. Paradoxo: o mesmo século inventou a História e a Fotografia. Mas a História é uma memória fabricada segundo receitas positivas, um puro discurso intelectual que abole o tempo mítico; e a Fotografia é um testemunho seguro, mas fugaz, de modo que tudo, hoje, prepara a nossa espécie para esta impotência: em breve já não poder conceber, afectiva ou simbolicamente, a duração. A era da Fotografia é também a das revoluções, das contestações, dos atentados, das explosões, em suma, das impaciências ..."
            Roland Barthes - A Câmara Clara
            Por todo o mundo, a fotografia surge como o meio de comunicação visual mais divulgado e menos oneroso dos media , e o mais eficaz para o registo, publicidade e até para o prazer pessoal.
             A fotografia não é somente a ferramenta de comunicação visual comum aos países industrializados, tornou-se também no símbolo de democratização da utilização de meios, pois cada vez mais gente usa a sua câmara fotográfica para registar acontecimentos familiares ou para exprimir as suas reacções pessoais face à realidade circundante e ao imaginário.
             Pela sua omnipresença a fotografia sob a forma de originais ou de reproduções impressas, tem um papel extremamente importante nas instituições sociais, artísticas, científicas, técnicas, publicitárias e até na nossa relação com a natureza. É manifestamente verdade que a câmara fotográfica modificou a nossa maneira de ver e registar o mundo que nos rodeia e até que nenhum ponto de vista original sobre a realidade pode ser considerado eternamente verdadeiro.
             A câmara fotográfica é, desde a sua invenção e sobretudo desde o aparecimento da película fotográfica, da evolução das objectivas e da evolução dos próprios formatos, como as SLR de 35 mm, um meio fundamental de registo, praticamente em todas as áreas de actividade humana; pode por exemplo captar desde o momento mais breve parando a imagem com exposições de milésimos de segundo, como registar transformações sequenciais através de exposições intermitentes, acontecimentos históricos, sociais, etc. A câmara fotográfica pode ser associada a uma série de instrumentos de grande tecnologia, como instrumentos ópticos de grande precisão, microscópios e telescópios, sondas electrónicas com os mais diversos fins, computadores e outros aparelhos digitais, etc.
             Na sociedade actual a fotografia não pode ser dissociada de tudo o que nos rodeia. A fotografia é muito importante no jornalismo, na publicidade, na moda, no design gráfico/de comunicação. A fotografia está indelevelmente ligada à arquitectura, à engenharia, às artes plásticas, ao restauro artístico, à arqueologia, astronomia, medicina, investigação científica...
             Os factos e marcas do séc. XX, estão intímamente relacionados com a fotografia, pois são por ela fixados e divulgados. Ela é o testemunho objectivo desses factos. Uma fotografia, capta um momento único, que não mais se repetirá. Repare-se na importância que teve a fotografia (Execução de um prisioneiro Vietcong - Saigão) de Eddie Adams (fig.1) para o fim da guerra do Vietname. O impacto provocado por esta imagem dramática e a revolta que ela produziu em todo o mundo foi mais eficaz do que anos de reportagens jornalísticas ou televisivas. Ou nas belíssimas, mas terríveis pela sua veracidade, fotos de Robert Cappa da guerra civil Espanhola  (fig.2) e da II Guerra Mundial, ou nas de Sebastião Salgado (fig.3) que revelam todo o horror e miséria do mundo subdesenvolvido e do mundo do trabalho.


    1- Eddie Adams- Execução de um prisioneiro vietcong, 1968


    2- Robert Capa- Morte de um soldado republicano, 1936


    3- Sebastião Salgado- Fome no Sahel, Etiopia, 1984

            Veja-se a importância da fotografia na estratégia publicitária de uma empresa multinacional como a Benetton. A polémica dos seus "out-doors" e catálogos não resulta das palavras (inexistentes para além da marca), mas sim da força, da composição, da cor, do contraste, do impacto por vezes chocante dos conteúdos das mensagens e do inesperado das suas fotografias. Oliviero Toscani, director de arte e fotógrafo da Benetton provocou sempre diferentes críticas e reacções ao tentar misturar a linha existente entre arte e publicidade.
             Mas a importância da fotografia não está só em imagens polémicas. Podemos apreciá-la e até emocionar-mos, observando apenas a sua beleza e qualidade estética e técnica. Vejam-se algumas fotografias de Man Ray , Cartier Bresson (fig.4) , Imogen Cunningham (fig.5), Richard Avedon, Alfred Stieglitz, Ansel Adams (fig.6), Eliot Porter, Irving Penn, Franco Fontana , C. Berengo Gardin (fig.7), Édouard Boubat, Edward Weston (fig.8), Paul Strand (fig.9), Robert Doisneau, Arno Minkkinen (fig.10), Ralph Gibson, e desse espantoso retratista  africano Seydou Keita (fig.11), só para citar alguns nomes.


    4- Henri Cartier Bresson- Sifnos, Grécia, 1961


    5- Imogen Cunningham- Nu,1932cccccccccccc


    6- Ansel Adams- Moonrise over Hernandez, New Mexico, 1941


    7- C. Berengo Gardin- Grã Bretanha, 1977 kkkkkkkkkk


    8- Edward Weston- Nu na areia, 1958 kkkkkkkkkk


    9- Paul Strand- "jeune garçon", França, 1951 


    10- Arno Minkkinen- autoretrato, Beach Pond, 1974 


    11- Seydou Keita- Sem título, 1949kkkkkkkkkk


    12- Tina Modotti- Rosas, Mexico, 1924 kkkkkkkkkk

              A fotografia afirmou-se como uma arte autónoma. A carga imensa de informação e expressão que uma fotografia pode conter faz dela um meio tão elevado como qualquer outra forma de arte.
             Uma fotografia, apesar de na prática ser um múltiplo e o "produto de uma máquina" pode atingir no mercado de arte valores consideráveis, embora nunca comparáveis aos preços elevadíssimos atingidos pelas artes plásticas. Actualmente é vulgar ver em exposições e feiras de arte fotografias (normalmente de grande formato) expostas lado a lado com pintura e escultura.
             Em 1991, num leilão da Sotheby´s em Nova Iorque foi vendida uma fotografia de Tina Modotti, denominada "Roses, Mexico" (ver imagem acima, fig. 12) uma platinotipia de 1923, por 25.000 contos. Também um fotograma de Man Ray atingiu um preço semelhante em 1990. Recentemente foi vendido em Paris, um álbum de 160 fotografias do Egipto realizadas em 1851 por Felix Teynard, por 120.000 contos. No "Salon Paris Photo" de Novembro de 1999, foi vendida uma impressão de uma fotografia de Edward Weston por 2,3 milhões de francos.
             As fotografias de Robert Mapplethorpe, depois da sua morte em 1989 subiram rapidamente de cotação atingindo preços na ordem dos 3000 contos. A fotografia mais conhecida de Ansel Adams "Moonrise, over Hernandez, New Mexico" de 1941 (em cima, fig. 6), da qual existem mais de mil exemplares impressos (todos pelo próprio) e que é talvez a fotografia mais reproduzida (em papel fotográfico) de toda a história , vale actualmente entre cerca de 1.000 e 3.000 contos, conforme a qualidade da prova e a data de impressão.

       António Carvalhal, 2000/2007©


    Este texto foi aqui colocado pelo Fotógrafo João Cristina, nos termos de um projecto de pesquisa efectuada para o desenvolvimento do seu Site de Fotografia, http://www.cortefocal.com