quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Formato APS

Designa-se por Formato APS ("Advanced Photo System") uma nova geração de filmes, máquinas e acessórios, lançada em 1996 pelos principais fabricantes de material fotográfico generalista - Kodak, Nikon, Canon, Minolta, Fuji, Agfa, Olympus e Konica.
     O Formato APS combina a química tradicional da fotografia a cores com a tecnologia digital.
Características principais:
- A película de 24 mm tem menores dimensões que a de 35 mm, o que permite o fabrico de câmaras cerca de 20% mais pequenas e mais leves que as de 35 mm.
- As emulsões são mais finas, permitindo ampliações com grande definição e restituição máxima das cores.
- A película está encerrada numa cassete hermética, evitando assim que o utilizador tenha que a manipular, eliminando eventuais danos como riscos, dedadas, exposição à luz, etc.
- Desaparecem as "dificuldades" de inserção do rolo dentro da câmara, bastando colocar uma cassete dentro dela, fechar a tampa e o filme posiciona-se automaticamente, sem riscos de má colocação.
- Todas as cassetes têm um número individual de identificação impresso numa banda magnética, que figura também no verso das fotografias impressas, juntamente com o número de cada fotografia e outras informações, facilitando a pesquisa e evitando erros em caso de reproduções.
- Os negativos nunca se podem ver e são devolvidos na mesma cassete do filme virgem. O utilizador recebe um índice de impressões, que é uma prova por contacto de tamanho reduzido (10x15 cm) onde estão impressas e numeradas todas as provas, de forma a facilitar a sua escolha para impressão, sem tocar na película. Desta forma os negativos não são susceptíveis de se estragarem, perderem ou até de se baralharem. Este sistema também é melhor para classificar e arquivar as fotos.
- A existência de uma banda magnética no filme permite a "comunicação" entre este, a câmara e o laboratório fotográfico. Cada fotograma tem capacidade para gravar 400 Bytes de informação que pode ser lida pelos novos equipamentos de processamento de películas. Podem gravar-se informações como o tempo de exposição, abertura de diafragma, as condições de iluminação em que foram feitos os registos fotográficos, entre outros dados possíveis. Estas informações também permitem aos laboratórios optimizar a qualidade de impressão.
- As cassetes podem ser retiradas da câmara a meio ou em qualquer fase de utilização. Novamente dentro da câmara, a banda magnética "lê" o filme e recoloca-o onde ainda não estava exposto.
- Para já, a gama de filmes negativo/cor disponível permite a escolha entre quatro sensibilidades (100, 200, 400 e 800 ISO), com 15, 25 e 40 exposições, mas prevê-se que futuramente os filmes tenham uma maior capacidade de armazenamento de imagens e uma maior gama de sensibilidade. Já existem também filmes a preto e branco e  diapositivos APS.
- Existem três formatos de impressão: C - clássico de 10x15 cm. H ou HDTV - "Hi-view" proporcional ao formato dos écrans de televisão 16:9, com 10x18 cm. P - panorâmico com 10x25 cm.
- Capacidades multimédia - A existência de periféricos informáticos e leitores de vídeo próprios, permitem visionar facilmente as imagens APS num computador e numa televisão. Também existem scanners próprios para formato APS (basta introduzir a cassete com o filme) o que permite às melhores lojas de revelação entregar aos clientes as fotos digitalizadas com dois tipos de definição em CDR, além da normal impressão em papel.
- As câmaras fotográficas APS existem já numa vasta gama de preços e qualidade/possibilidades, desde a mais simples câmara compacta de foco fixo, passando pelas de distância focal variável (zoom), até às "reflex"  de objectivas intermutáveis.
2000
15-7-05 - Tecnicamente o formato APS morreu, devido à vulgarização da fotografia digital.
  António Carvalhal, 2005

Este texto foi aqui colocado pelo Fotógrafo João Cristina, nos termos de um projecto de pesquisa efectuada para o desenvolvimento do seu Site de Fotografia, http://www.cortefocal.com