quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Para o cibercrime, não há crise financeira

Desde 2000, com o worm "I Love You", sofisticação dos ataques só aumenta e crescimento da atividade se mantém na casa dos dois dígitos.
Com crise ou sem crise, alguns ramos da indústria prosperam independentemente da situação econômica global. Infelizmente, o cibercrime é um deles – nada de cortes ou demissões, seu crescimento continua, ano após ano, na casa dos dois dígitos. Ainda por cima, para entrar nesse mercado, o investimento necessário é pequeno, o risco, mínimo, e o rendimento, fenomenal.

Na última década, o cibercrime foi um modelo de negócio. No início, quando a busca por fama e notoriedade era mais importante do que o lucro, as coisas eram mais difíceis, mas agora que o setor se organizou, funciona como um relógio bem ajustado. Claro, você ainda recebe spams e phishings mal elaborados, cheios de erros gramaticais, mas alguns deles, é preciso admitir, são bem convincentes e profissionais.

Fazer dinheiro
“O cibercrime é um dos mercados de crescimento mais rápido da nossa era”, disse Dave Marcus, diretor de segurança da McAfee Labs. “Do worm “I Love You”, de 2000, às pragas que infestam as redes sociais de hoje, a sofisticação das táticas dos criminosos virtuais aumentou bastante. Os dias de destruir por pura rebeldia acabaram, o que importa agora é fazer dinheiro e não ser pego”.

Vírus e worms, que se espalham rapidamente, não são criados para danificar computadores ou prejudicar a Internet. Têm como fim circular pela rede sem serem notados e roubar a maior quantidade de dados quanto for possível – tudo para infiltrar nas contas bancárias e fazer transferências indevidas.

A McAfee lembra que o número de internautas aumentou 500% em relação a dez anos atrás – o que significa 2 bilhões de vítimas em potencial. O crescente acesso via smartphones e tablets, e a popularidade de redes como Facebook e Twitter, também elevaram as possibilidades dos cibercriminosos, facilitando suas vidas e obrigando os usuários a serem cada vez mais precavidos.

(Tony Bradley)