Um scanner é um periférico de aquisição que permite digitalizar documentos, ou seja, transformar um documento em papel numa imagem numérica.
Distinguem-se geralmente três categorias de scanners:
- Os scanners ao comprido que permitem digitalizar um documento colocando-o ao comprido contra um vidro. Trata-se do tipo de scanner mais corrente.
- Os scanners à mão que possuem uma dimensão reduzida. Estes "scanner" devem ser deslocados manualmente (ou semi manualmente) sobre o documento, por bandas sucessivas, a fim de o digitalizar na totalidade.
- Os scanners por desfile que fazem desfilar o documento à frente de uma fenda luminosa fixa para o digitalizar, como os faxes (telefax). Este tipo de scanner está integrado cada vez mais em aparelhos como impressoras multifunções.
Existem igualmente "scanner" capazes de digitalizar suportes específicos como os diapositivos.
Características de um scanner
Um scanner caracteriza-se geralmente pelos seguintes elementos :
- Resolução: expressa em pontos por polegadas (notados ppp ou dpi), a resolução define a nitidez da digitalização. A ordem de grandeza da resolução é de cerca de 1200 por 2400 dpi. A resolução horizontal é fortemente dependente da qualidade e do número de captores, enquanto a resolução vertical está intimamente ligada à precisão do motor de treino. É necessário contudo distinguir a resolução óptica, representando a resolução real do scanner, da resolução interpolada. A interpolação é uma técnica que consiste em definir pixéis intermédios entre pixéis reais, calculando a média das cores dos pixéis vizinhos. Esta tecnologia permite por conseguinte obter resultados interessantes mas a resolução interpolada assim definida não é em nenhum caso uma grandeza que permite comparar os scanners.
- O formato de documento : de acordo com a sua dimensão, os scanners são capazes de acolher diferentes dimensões de documentos, geralmente A4 (21 x 29,7 cm), mais raramente A3 (29,7 x 42 cm).
- Velocidade de aquisição : a exprimida em páginas por minuto (ppm), velocidade de aquisição representa a capacidade do scanner em adquirir um grande número de páginas por minuto. A velocidade de aquisição depende do formato do documento, bem como da resolução escolhida para a digitalização.
- Interfaces : trata-se da técnica de conexões do scanner. Os principais interfaces são os seguintes:
- Firewire. Trata-se do interface de predilecção, porque o seu débito está particularmente adaptado a este tipo de periférico;
- USB 2.0. Presente na totalidade dos computadores recentes, trata-se de um interface standard, aconselhado se o computador não possuir conexão firewire ;
- SCSI. Interface de predilecção para os scanners nos finais dos anos 90, o padrão SCSI foi actualmente abandonado em detrimento do Firewire e do USB 2.0
- Porta paralela. Lento por natureza, este tipo de interface é utilizado cada vez menos e evita-se se o computador possuir um dos interfaces precedentes;
- Características físicas: outros elementos podem ser tidos em conta aquando da escolha de um scanner:
- O espaço ocupado, correspondendo às dimensões físicas do scanner.
- O peso.
- O consumo eléctrico, expresso em Watts (W).
- As temperaturas de funcionamento e de armazenamento.
- O nível sonoro. Um scanner pode revelar-se muito ruidoso, o que pode constituir um incómodo não negligenciável.
- Os acessórios: Os pilotos e o manual de utilização são habitualmente fornecidos, mas é necessário assegurar-se que os cabos de conexão o são também ou, no caso contrário, comprá-los à parte.
Funcionamento de um scanner
O princípio do funcionamento de um scanner é o seguinte:
- O scanner percorre o documento linha por linha;
- Cada linha é decomposta "em pontos elementares", correspondente a pixéis.
- Um captor analisa a cor de cada um dos pixéis;
- A cor de cada pixel é decomposta de acordo com 3 componente (vermelho, verde, azul);
- Cada uma das componente de cor é medida e representada por um valor. Para uma quantificação em 8 bits, cada uma das componente terá um valor compreendido entre 0 e 255.
A sequência deste artigo descreverá em especial o funcionamento de um "scanner" ao comprido, contudo o modo de funcionamento de um scanner à mão ou um scanner por desfile é exactamente o mesmo. Só a maneira de fazer passar o documento difere.
Um scanner ao comprido possui uma fenda luminosa motorizada, varrendo o documento linha por linha, situada sob uma vidraça transparente sobre a qual é posto o documento, com a parte a digitalizar virada para baixo.
A luz de grande intensidade assim emitida é reflectida pelo documento e convergida para uma série de captores graças a um sistema de lentes e de espelhos. Os captores convertem as intensidades luminosas recebidas em sinais eléctricos, eles mesmos convertidos em dados numéricos por um conversor analógico-numérico.
Distinguem-se duas categorias de captores :
- Os captores CMOS (Complementary Metal Oxyd SemiConductor, ou ainda MOS complementares). Fala-se então de tecnologia CIS (Contact Image Sensor). Este tipo de dispositivo utiliza um plano de LED (Light Emitting Diode para a iluminação do documento e requer uma distância muito estreita entre os captores e o documento. Por outro lado, a tecnologia CIS é bastante menos consumidora de energia.
- Os captores CCD (Charge-coupled devices). Os scanners que utilizam a tecnologia CCD são frequentemente mais espessos porque utilizam uma lâmpada fria de tipo néon. A qualidade da imagem digitalizada é em contrapartida globalmente melhor, graças a uma relação sinal/barulho mais fraca.